Como promover a equidade racial no mercado de trabalho?
O que você vai encontrar neste post?
- Quais são as principais formas que o racismo se manifesta no mercado de trabalho?
– Racismo individual:
– Racismo estrutural: - Indicadores da desigualdade racial no mercado de trabalho
- Como promover a equidade racial na sua empresa?
– Letramento Racial:
– Mudar a cultura:
– Capacitação:
– Fortalecimento de lideranças negras: - Conheça a parceria entre o Alicerce Educação e o Nubank
A palavra equidade em si, é um conceito ligado a reconhecer o direito de cada um. Quando adicionamos a questão de raça, a definição ganha princípios de justiça social e de direitos humanos, dada a situação desigual que alguns grupos étnico-raciais enfrentam.
Através dessa reflexão entendemos como falar sobre a equidade racial no âmbito do trabalho é de extrema importância e urgência.
Para Daniel Teixeira, advogado e diretor do Ceert (Centro de Estudos das Relações do Trabalho e Desigualdade): “As empresas precisam de programas mais efetivos e não só ficar no plano da imagem e no plano do marketing. Só isso não é equidade racial.”
Para compreender melhor como funciona a equidade racial, precisamos entender algumas questões por trás dessa desigualdade.
Quais são as principais formas que o racismo se manifesta no mercado de trabalho?
O racismo já se materializou através de políticas como a escravidão, o apartheid, o holocausto, o colonialismo, o imperialismo, dentre outros. Porém, você sabia que o racismo pode manifestar-se através de inúmeras maneiras?
Conheça agora, as 2 principais formas de racismo dentro do mercado de trabalho:
– Racismo individual:
Essa forma de manifestação do racismo é mais evidente. Ou seja, trata-se de situações em que pessoas recebem insultos, são violentadas, sofrem rejeição por uma pessoa que não possui as mesmas características étnicas que a sua, ou têm o acesso a algum tipo de serviço ou lugar negado por conta de sua cor ou origem étnica. Nesse caso, a Lei 7716, de 1989, do Código Penal brasileiro prevê punições a quem praticar tal crime.
– Racismo estrutural:
Essa forma de racismo tende a ser ainda mais perigosa por ser de difícil percepção. Em outras palavras, o racismo estrutural é um conjunto de práticas, hábitos, situações e falas embutido em nossos costumes e que promove, direta ou indiretamente, a segregação ou o preconceito racial.Um exemplo da presença do racismo estrutural pode ser percebida na constatação de que poucas pessoas negras, pardas, indígenas e amarelas ocupam cargos de chefia em grandes empresas, bem como nos cursos de universidade, onde a maioria dos estudantes são brancos.
Indicadores da desigualdade racial no mercado de trabalho
De acordo com a pesquisa Informação Demográfica e Socioeconômica de 2018 feita pelo IBGE 54,9% do trabalhadores brasileiros são negros ou pardos, mas apenas 29,9% ocupam cargos gerencias.
Por outro lado, 43,9% dos trabalhadores são brancos e 68,6% ocupam cargos gerenciais. Além disso, esse mesmo estudo mostra que o rendimento médio mensal das pessoas brancas (R $2.796) foi 73,9% superior ao das pretas ou pardas (R $1.608).
Como promover a equidade racial na sua empresa?
Antes de tudo, as empresas têm um papel chave na desconstrução das problemáticas que persistem nos dias de hoje a respeito da equidade racial. Para haver equidade, é fundamental ter engajamento das lideranças e equipes. Isso pode ser feito de diversas formas:
– Letramento Racial:
É uma estratégia de enfrentamento do racismo através da reeducação da nossa leitura de mundo. Um dos pilares desse processo é o de desenvolver a capacidade de (re)interpretar códigos e práticas racistas presentes em nosso cotidiano.
– Mudar a cultura:
De acordo com Daniel Teixeira, do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades “As empresas têm que mudar a cultura para integrar as empresas, com investimentos nessas pessoas, de crescimento profissional”. Em seguida, Teixeira defende a criação de ouvidoria interna, focada em racismo, e equipes focadas em diversidade.
– Capacitação:
Estimular o empreendedorismo negro, criando condições técnicas, financeiras, de infraestrutura e de relacionamento para os jovens negros.
– Fortalecimento de lideranças negras:
Reconhecer e incentivar lideranças negras, fortalecendo a representatividade e a identidade, investindo no desenvolvimento de novas lideranças negras.
Conheça a parceria entre o Alicerce Educação e o Nubank
Sobretudo, pensando em melhorar a situação das pessoas negras, nasceu essa grande parceria. O objetivo é dar oportunidades no mercado de trabalho para jovens de comunidades periféricas.
O projeto é voltado para a formação em tecnologia de 400 jovens negros com idades entre 17 e 25 anos que estejam fora da escola, não tenham emprego formal e morem nas comunidades próximas ao 10 polos educacionais do Alicerce Educação da grande São Paulo.
Para potencializar o retorno e o impacto do projeto para a comunidade afro-brasileira, todos os instrutores do projeto e os gestores diretamente envolvidos são pessoas autodeclaradas negras, selecionadas em parceria com a ONG EducAfro.
O programa tem duração de 7 meses com aulas todos os dias de: português, matemática, inglês, habilidades para vida e descoberta (orientação de carreira). Primordialmente, a expectativa é que todos os alunos tenham a possibilidade de serem contratados pelo Nubank ou empresas parceiras.
Para entender como essa parceria funciona na prática, assista o vídeo abaixo:
Visando um futuro mais justo, que tal dar o primeiro passo e começar a desenvolver a equidade racial dentro da sua empresa?
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