Inserção de PcD no Mercado de Trabalho, um desafio para as empresas

Apesar de parte considerável da população brasileira possuir algum tipo de deficiência, e o Brasil possuir uma lei que visa a inclusão de pessoas com deficiência (PcD) no mercado trabalho, o recrutamento desses indivíduos ainda é um desafio para os recursos humanos. 

De acordo com a “Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD): Pessoas com Deficiência 2022”, estima 18,6 milhões de pessoas com deficiência com mais de 2 anos, correspondente a 8,9% da população. Mesmo sendo um número expressivo, esse grupo foi excluído da sociedade por muito tempo. Em 1991, a Lei de Cotas (art. 93 da Lei nº 8.213/91) foi instituída, estabelecendo que as grandes empresas, ou seja, empresas com mais de cem colaboradores, devem destinar parte das suas vagas para PcD e reabilitados da Previdência Social. 

Nessas últimas três décadas, a sociedade brasileira evoluiu muito em relação à inclusão e acessibilidade. No entanto, os dados da PNAD mostram que as pessoas com deficiência ainda enfrentam grandes obstáculos para se inserirem no mercado de trabalho e nas escolas. A taxa de analfabetismo para pessoas com deficiência foi de 19,5%, enquanto para as pessoas sem deficiência foi de 4,1%. A maioria das pessoas com deficiência com 25 anos ou mais não completou a educação básica. Enquanto apenas 25,6% das pessoas com deficiência tinham concluído pelo menos o Ensino Médio, mais da metade das pessoas sem deficiência (57,3%) tinham esse nível de instrução. Já a proporção de pessoas com nível superior era de 7,0% para as pessoas com deficiência e 20,9% para as pessoas sem deficiência.

A partir desses números, podemos compreender o desafio dos recrutadores ao contratar PcD, pois esse apagão educacional impede que esses indivíduos estejam qualificados para o trabalho. Entendendo a existência desse problema, o Alicerce Educação desenvolveu uma solução a baixo custo que vai além do recrutamento e da seleção de pessoas. O programa Alicerce atinge essa lacuna diretamente, através da recuperação da base educacional e preparando esses indivíduos para o mercado de trabalho. 

 

A Suzano, líder no setor de celulose e papel, expressou o desejo de aumentar a inclusão de pessoas com deficiência em sua equipe, firmou parceria com o Alicerce Educação e, juntos desenvolveram uma estratégia para superar esse desafio. 

O foco esteve no fortalecimento da base escolar, na qualificação profissional e desenvolvimento de habilidades relevantes para o mercado de trabalho, juntamente com temas personalizados relacionados à cultura organizacional da Suzano e à cultura fabril. O projeto durou 3 meses e atendeu 74 pessoas, que hoje estão completamente preparadas para conquistar um trabalho digno. O resultado da pesquisa de satisfação foi impressionante, atingindo uma NPS de 100. Reflexo de todo comprometimento e dedicação dos envolvidos no projeto.

“A Suzano decidiu trabalhar com esse projeto junto com o Alicerce, com o intuito de trazer para essas pessoas a perspectiva de lutar por um espaço no mercado de trabalho e na sociedade. A gente já estava com o intuito de desenvolver um trabalho voltado para pessoas com deficiência na região de Ribas do Rio Pardo e Campo Grande, porque estamos construindo um empreendimento gigante na região, e a gente desejava trazer a diversidade para dentro. Houve um casamento com o Alicerce, a empresa surgiu com a proposta exatamente do jeito que a gente queria.”

Eliane Dias – Coordenadora de Recursos Humanos na Suzano

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