Maio Laranja: enfrentamento ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes

Dezoito de maio é, anualmente, o dia nacional de combate ao abuso e à exploração sexual infantil no Brasil, e o Maio Laranja é uma campanha nacional dedicada à conscientização sobre a temática. 

Durante este mês, o Alicerce Educação e o Instituto Alicerce se colocaram à postos para trazer informações relevantes para ajudar a educar, denunciar e prevenir o abuso de crianças e adolescentes. 

Segundo dados revelados pelo Maio Laranja Org, estima-se que a cada hora 3 crianças sejam abusadas no Brasil. Cerca de 51% têm entre 1 a 5 anos de idade. É importante ressaltar que esses números podem ser apenas a ponta do iceberg, já que muitos casos ainda não são reportados, seja por medo, vergonha ou falta de informação.

Os impactos do abuso e exploração sexual na infância são devastadores e podem afetar o desenvolvimento físico, emocional e psicológico das vítimas pelo resto de suas vidas.

Para combater esse problema, é fundamental que a sociedade como um todo se mobilize. Educação, prevenção e denúncia são ferramentas essenciais nessa luta.

Abuso online

Em 2023, a Safernet Brasil registrou um alarmante aumento no número de denúncias de imagens de abuso e exploração infantil online, atingindo a marca de 71.867 casos.

O aumento das denúncias é um indicativo de que as pessoas estão mais informadas e atentas aos sinais de abuso, mas também aponta para a persistência e a evolução dessas práticas criminosas na web.

A proliferação de imagens de abuso infantil online é uma questão complexa, alimentada por diversos fatores, incluindo o anonimato proporcionado pela internet, a facilidade de compartilhamento de conteúdos e a demanda por esse tipo de material.

A pandemia de covid-19 pode ter exacerbado o problema, com crianças passando mais tempo online e, portanto, mais vulneráveis a predadores digitais.

O recorde de denúncias em 2023 destaca também a necessidade urgente de fortalecer as estratégias de prevenção e combate a esses crimes. Isso inclui aprimorar a cooperação entre governos, organizações não-governamentais e empresas de tecnologia para identificar e remover conteúdos abusivos rapidamente, além de garantir que os responsáveis sejam rastreados e punidos.

A educação e a conscientização continuam sendo ferramentas essenciais nessa luta. É fundamental que pais, educadores e crianças sejam informados sobre os perigos do ambiente online e as formas de se protegerem.

Você pode lutar contra a exploração sexual infantil

Para lutar contra a exploração sexual infantil, é essencial entendermos os sinais e sintomas do abuso, bem como as estratégias de prevenção. 

Por exemplo, alguns sinais de alerta são:

  • Mudanças repentinas de comportamento, como isolamento, agressividade ou regressão
  • Comportamento sexualizado inadequado para a idade da criança
  • Pesadelos, dificuldades para dormir ou outros distúrbios do sono
  • Aversão a estar sozinha com determinadas pessoas

Para prevenir que o abuso sexual infantil aconteça, é preciso ação. Desta forma, você não pode deixar de:

  • Conversar com suas crianças de forma aberta e honesta sobre o corpo, privacidade e respeito mútuo
  • Ensinar elas sobre limites pessoais e o direito de dizer “não” quando se sentirem desconfortáveis
  • Estimular um ambiente de confiança e apoio, onde elas se sintam seguras para compartilhar qualquer preocupação ou segredo
  • Estar atento aos sinais de alerta.

O que fazer em caso de suspeita:

  • Ouça atentamente a criança, sem julgamentos
  • Acredite nela e valide seus sentimentos
  • Reporte imediatamente a suspeita às autoridades competentes ou aos serviços de proteção à criança

Cada gesto, por menor que seja, pode fazer a diferença na vida de uma criança.

Canais de denúncia

A denúncia é um passo crucial para interromper o ciclo de abuso e garantir que as vítimas recebam proteção e apoio adequado. Além disso, denunciar ajuda a responsabilizar os agressores e pode prevenir que outras crianças e adolescentes sejam vítimas. 

No Brasil, denúncias podem ser feitas de forma anônima através do Disque 100, um serviço nacional que encaminha as informações para as autoridades competentes, além disso, existem outros canais que você pode realizar a denúncia, basta conferir abaixo:

A luta contra a exploração sexual infantil é uma responsabilidade coletiva.

Ações do Alicerce Educação e do Instituto Alicerce

No mês de maio, nossos olhares se voltaram para o enfrentamento ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. No entanto, lutar em prol da proteção de nossas crianças e adolescentes tem sido um compromisso do Alicerce Educação e do Instituto Alicerce há muito tempo. 

Não por acaso, criamos o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (NPCA), que se empenha em desenvolver e implementar iniciativas que garantam a segurança e o cuidado integral das crianças, indo desde a prevenção até o apoio em casos de violações de direitos.

Uma das peças fundamentais desse trabalho é o canal de reporte, que oferece um espaço seguro para denúncias e suspeitas de abuso ou exploração. 

O Alicerce oferece acolhimento personalizado para casos específicos, garantindo apoio e suporte às vítimas e suas famílias, e investe na educação como ferramenta de transformação. 

Por meio de atividades de fortalecimento e proteção, aplicadas em sala de aula e em rodas de conversa, buscamos não apenas informar, mas também empoderar crianças e adolescentes, os capacitando para reconhecer e denunciar situações de violência.

Além disso, durante o mês de maio nós realizamos uma série de ações, online e offline, de enfrentamento à exploração infantil. Em nossas salas de aula diversas atividades foram realizadas e nas nossas redes sociais e grupos internos tivemos a publicação de uma série de conteúdos educacionais voltados à temática. 

Para fechar a campanha, o Instituto Alicerce, em parceria com a ChilFund Brasil, realizou na noite de 29 de maio, uma palestra especial dedicada ao enfrentamento do abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.

A palestrante foi Caroline Arcari, que é escritora, pedagoga, mestra em Educação Sexual pela UNESP e proprietária da Editora Caqui. Caroline é também autora do best seller “Pipo e Fifi: proteção contra violência sexual”, premiado pela UNICEF, FUNDAÇÃO ABRINQ, Ministério da Saúde, entre outros. Além disso, ela é consultora na área de Educação Sexual e já trabalhou com instituições como Unicef e Rede Globo.

O encontro online ficou gravado, os interessados podem assistir clicando aqui.

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