Descubra qual o seu papel como pai na educação antirracista

O que você vai encontrar neste post?

 

O racismo estrutural é um assunto cada vez mais abordado atualmente. A forma como foi construída a sociedade moderna – em todos os aspectos culturais, morais, políticos, econômicos – colocam algumas pessoas em posição de inferioridade em relação a outras.

Você já deve ter percebido que quase não se veem negros em posição de poder e na mídia, assim como a cultura e a religião africana é comumente associada a algo negativo.

Para combater e poder criar uma nova realidade onde todos são vistos com respeito, uma educação antirracista é necessária – principalmente na infância! 

E foi pensando nisso que preparamos esse artigo. Nele, você vai entender porque a educação antirracista é urgente e como aplicar dentro e casa com o seu filho! 

 

Acompanhe a leitura!

Foto de uma criança conversando com a família

A educação antirracista é urgente!

As crianças – especialmente as pequenas – aprendem absorvendo tudo que está ao seu redor, desde o comportamento, as palavras e acontecimentos. 

Isso tudo molda um pensamento na cabeça delas que pode acabar sendo levado para toda vida. 

Pesquisas nas áreas médicas, educacionais e também da psicologia, indicam que a fase inicial da vida de um ser humano tem muita importância – principalmente até os 6 anos. 

As coisas que vivemos, sentimos, expressamos e aprendemos podem produzir marcas que ficarão presentes ao longo de nossas vidas.

Ou seja, a questão racial deve fazer parte das conversas familiares desde os primeiros anos de vida. Por isso, consideramos importante o papel dos pais nesse processo. 


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Como promover a luta antirracista dentro do ambiente familiar?

 

– Busque conhecimento

A melhor maneira de ensinar seu filho desde pequeno sobre o que é e como identificar o racismo, é, antes de tudo, pesquisar e se inteirar sobre o assunto – afinal, o primeiro passo deve ser dado por você.

Mas evite pedir a pessoas negras com quem você se relaciona que lhe ensinem sobre racismo, pois isso não é um dever delas. Depois que já tiver se aprofundado no tema, até vale uma conversa, mas a função de se instruir é totalmente sua. 

Vá atrás de livros, vídeos, artigos e outras fontes confiáveis que possam lhe explicar mais sobre a formação e manutenção das estruturas do racismo.

Foto de um adulto lendo um livro

– Converse, observe as atitudes do seu filho e dê exemplo

O segundo passo é conversar com o seu filho! O diálogo é sempre uma forma de incentivar as crianças a pensarem sobre qualquer assunto. 

E quando você incentiva isso desde novo nos seus filhos, a capacidade dele de pensar e observar o que está acontecendo ao seu redor se desenvolve de forma muito mais natural e efetiva.

Além disso, observar as atitudes do seu filho e dar o exemplo é muito importante, porque as crianças espelham as atitudes dos seus pais.

Crianças não nascem racistas, elas são induzidas a esse comportamento a partir da observação de seu ambiente.

As crianças não aprendem a escovar os dentes só porque os pais ensinam, mas porque elas veem o exemplo em casa e criam o hábito. Por isso o exemplo é tão decisivo para a mudança de comportamentos e para evitar más influências.


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– Olhe ao redor e ensine o seu filho a conviver com a diferença

Os ambientes que seu filho frequenta são diversos? É essencial que ele veja pessoas negras nos mais diversos espaços da sociedade!

Além disso, ensine o que significa injustiça, desigualdade, privilégio e, por fim, racismo

Vá introduzindo os conceitos aos poucos para que ela absorva. E tente usar referências acessíveis, como desenhos e filmes.

Explicar hoje mesmo para eles que as pessoas são diferentes, que temos amigos brancos, pretos, indígenas e é isso que nos caracteriza, que vivemos em um país plural e precisamos respeitar as diferenças.

 

– Exalte a cultura africana e afro-brasileira

Os pais podem contribuir muito com esse processo de mudança com ações simples e direcionadas.

Você pode ir introduzindo aos poucos, por exemplo: compre bonecas de vários tons de pele, mostre que temos super-heróis negros, fale sobre a história do Brasil – mostrando a também a versão contada por negros e indígenas, não apenas a versão europeia da escola tradicional- e reforce a luta dos negros e indígenas ao longo dessa história.

O próximo passo é entrar mais a fundo na causa e empoderar a cultura preta – saindo do senso comum que limita a África ao período da escravidão. 

Você pode conversar sobre os cabelos, os traços, a história de grandes dinastias e civilizações africanas e sobre as diversas religiões de matrizes africanas.

Além das ações já citadas, também é possível apresentar pessoas de destaque na luta contra o racismo, orientar sobre como responder a comentários racistas, entre outras atitudes que estimulem seu filho a aprofundar seus conhecimentos e ações.

Foto da Cultura Africana

– Promova conversas que afastem a intolerância

Que tal começar agora mesmo a incluir essa discussão com seus filhos e combater qualquer forma de discriminação?

Oferecer um local de discussão dentro de casa e oportunizar momentos de escuta é um bom caminho. As crianças são curiosas e sempre querem saber o porquê das coisas.

É preciso que os pais assumam a responsabilidade de combater o racismo e mudar essa triste realidade que muitas crianças pretas, sofreram e sofrem dentro das escolas e em tantos outros lugares desse país miscigenado em que vivemos. 

Vamos pôr um fim à invisibilidade que o nosso país impõe às pessoas negras, mobilizando nossa família, amigos e todas as pessoas que conhecemos.

E o mais importante: converse com seu filho sobre como agir e se posicionar diante de uma atitude racista.

Afinal de contas, sabemos que o combate ao racismo estrutural é um desafio, mas não é impossível.


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Educação antirracista: o Alicerce Educação pode te ajudar

Aqui no Alicerce Educação, um dos nossos princípios é promover a inclusão social através da luta antirracista! 

Para isso entendemos que é importante que todos tenham instrumentos e referências para assegurar seus posicionamentos de maneira crítica.

Foi visando oferecer informação, conscientização, formação e acolhimento em tudo que tange a temática racial dentro do Alicerce que criamos o IPILE.

Ipile (que significa “alicerce” em iorubá, um dos maiores grupos étnico-linguísticos da África Ocidental) é um núcleo instituído para gestão das relações raciais em nível pedagógico e organizacional.

É uma iniciativa dos educadores Alicerce que buscam a construção sadia de identidades raciais, que contribui não apenas para a carreira profissional individualmente, mas favorece também o clima corporativo como um todo, possibilitando, ainda, novas dinâmicas de trabalho que refletem também em sala de aula.

Foto de várias mãos juntas

Acreditamos que essa orientação contra o racismo precisa começar em casa, passar pelo ambiente escolar, mercado de trabalho e ultrapassar outras fronteiras!

Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar“. – Nelson Mandela

Além disso, é importante que todos entendam que a educação antirracista não é um dever exclusivo dos negros – é uma responsabilidade de toda a sociedade.

Para uma mudança de cenário é necessário que as pessoas brancas também discutam e promovam ações sobre a temática. 

 

Que saber mais? Entre em contato com a gente através do link ou pelo WhatsApp (11) 4933-0818 e garanta a sua semana gratuita.


Fonte: 

https://www.paulomelo.blog.br/2020/11/artigo-qual-o-papel-dos-pais-na.html 

https://paisefilhos.uol.com.br/blogs-e-colunistas/coluna/educacao-antirracista-em-casa-e-possivel/ 

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