Autismo e Inclusão: Saiba como ajudar no processo de escrita e leitura
O que você vai encontrar neste post?
- O processo de escrita e leitura da criança autista
- A inclusão de alunos autistas
- Como ajudar a criança autista no processo de aprendizagem?
– Adeque a metodologia
– Desperte o interesse da criança
– Estimule a identificação do aluno
– Respeite o tempo da criança
Sabemos que o processo de alfabetização e letramento é um momento muito importante na vida dos alunos, sendo a base para toda a aprendizagem da criança!
Mas é importante ter a consciência de que as pessoas são diferentes e que cada aluno apresenta um ritmo próprio durante a fase de escrita e leitura.
E, no caso de pessoas com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), o processo é um pouco mais desafiador e requer uma atenção especial dos pais e educadores.
Isso ocorre porque os alunos com TEA processam as informações de maneira diferente – podendo ter dificuldade de aprender através do método tradicional.
Por isso, é fundamental que as crianças com TEA sejam estimuladas o quanto antes, além de sempre serem acolhidas. Desta forma, a aprendizagem será mais fácil e benéfica.
Pensando nisso, separamos um artigo que aborda como ocorre o processo de escrita e leitura de crianças autistas e como você pode contribuir para ele!
Acompanhe a leitura!
O processo de escrita e leitura da criança autista
Quando o estudante autista ingressa no mundo das letras, muitos desafios acabam surgindo.
No caso da escrita, por exemplo, a criança precisa exercitar muitas habilidades, sendo elas: coordenação, força muscular, linguagem, planejamento motor, organização, questões sensoriais, entre outras.
Por isso, é comum que alguns alunos apresentem uma caligrafia ilegível ou que não consigam segurar o lápis na hora de escrever – o que causa uma sensação de insegurança na criança.
No caso da leitura, crianças com TEA geralmente não conseguem focar a atenção em algo por muito tempo. Além disso, elas podem ter dificuldade em absorver e memorizar o conteúdo sequencial, como frases longas, números etc.
Entretanto, existem técnicas que podem ajudar no processo de aprendizagem das crianças com TEA. E o primeiro passo é acolher os alunos!
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A inclusão de alunos autistas
A inclusão de alunos com TEA vai além do aprendizado. Esse trabalho visa também assegurar um ambiente acolhedor onde o aluno possa desenvolver suas habilidades socioemocionais.
E, para isso, é fundamental que a escola, os educadores e todo ambiente escolar questione o método de ensino tradicional, permitindo que esses alunos aprendam – tendo em vista que estudantes com TEA aprendem de forma específica e pouco convencional.
Entretanto, não existe uma “fórmula mágica” para ensinar os alunos com TEA e cabe ao educador analisar as características de cada um.
Isso ocorre porque, mesmo que dois alunos apresentem o mesmo diagnóstico, eles podem reagir de forma diferente em relação ao método pedagógico escolhido.
O educador não precisa ser um especialista nesse transtorno, mas deve reconhecer as particularidades de cada aluno de forma individual e compreender como cada um aprende – pois o que funciona para um pode não funcionar para outro e é preciso adaptar o ensino!
Portanto, a inclusão de alunos com autismo requer transformações importantes em todo o âmbito escolar – sobretudo na maneira que os educadores veem esses alunos.
Quer aprender como fazer isso? Continue lendo!
≫ Leia também: Alfabetização no ensino tradicional x Alfabetização no Alicerce: entenda a diferença entre os dois modelos
Como ajudar a criança autista no processo de aprendizagem?
– Adeque a metodologia
Sabemos que existem diferentes estilos de aprendizagem, por exemplo: algumas crianças são mais auditivas, outras são visuais, e tem aquelas que são cinestésicas.
Isso acontece porque cada pessoa tem suas próprias habilidades e características – e o mesmo acontece com crianças autistas.
Por isso, é importante que os pais e educadores optem por trabalhar múltiplos estímulos com a criança.
E, quando falamos da alfabetização, o mais recomendado é a metodologia fônica. Esse método explora a associação entre grafemas e fonemas, ou seja, ele ajuda o aluno a compreender não apenas o nome das letras, mas também o som delas.
Por exemplo: o nome e o som de cada vogal são iguais: a, e, i, o, u. Entretanto, no caso das consoantes, o educador precisa apresentar o nome e o som de cada letra, pois são diferentes.
Através da metodologia fônica, o processo de alfabetização se torna mais simples e efetivo para crianças com autismo, uma vez que respeita o desenvolvimento cerebral e cognitivo do aluno.
– Desperte o interesse da criança
Manter um aluno engajado e interessado em leitura e escrita não é uma tarefa tão difícil quanto parece.
No caso de crianças com TEA, é preciso entender que elas demonstram um “interesse restrito”. Em outras palavras, elas expressam interesse por áreas e conteúdos muito específicos, por exemplo: dinossauros, super-heróis, entre outros.
Por isso, é importante que tanto os pais quanto os educadores invistam em livros com temas de interesse da criança, incentivando a leitura e escrita de forma mais leve e divertida.
– Estimule a identificação do aluno
Optar por elementos que geram identificação é uma forma muito eficaz de ensinar alunos com TEA.
É comum que algumas crianças autistas demonstrem dificuldades para lidar com assuntos novos e desconhecidos. Por isso, é fundamental optar por histórias que permitam que a criança se sinta confortável e se identifique.
Esse método tem como objetivo incentivar o hábito da leitura, potencializando seu aprendizado.
– Respeite o tempo da criança
É importante que a aprendizagem respeite o tempo da criança, e, para isso, o aconselhável é ensinar o aluno por etapas!
Por exemplo, quando for apresentar um conteúdo, utilize uma abordagem simples e dê tempo para a criança compreender o assunto antes de aumentar o grau de complexibilidade.
Outra dica importante é dar instruções diretas e objetivas e seguir uma sequência lógica, uma vez que os alunos com TEA apresentam dificuldades em relação aos conceitos abstratos.
Por fim, o tempo da leitura também precisa ser ajustado e ir aumentando aos poucos.
Apoiar a aprendizagem de pessoas com TEA é fundamental para o desenvolvimento de habilidades como autonomia e autoestima.
E, para isso, é fundamental que tenhamos paciência com os alunos, mostrando que respeitamos e prezamos por um ambiente onde todos tenham espaço e acolhimento – independente das diferenças.
Aqui no Alicerce Educação, acreditamos que todos têm a oportunidade de brilhar, por isso contamos com um núcleo de acessibilidade cujo objetivo é auxiliar as pessoas que necessitam de ajuda para situações pontuais – como no caso de alunos com TEA.
Quer saber mais? Entre em contato com a gente através do link ou pelo WhatsApp (11) 4933-0818 e garanta a sua semana gratuita.
Fonte:
https://neuroconecta.com.br/como-contribuir-com-o-aprendizado-de-leitura-e-escrita-no-autismo/
https://diversa.org.br/artigos/escrita-alfabetizacao-criancas-com-autismo/
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